quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Consolo...

Numa noite calma,
Daquelas em que a alma
Se esquece dos traumas
Que em outras primaveras sofreu

Foi-se tão cedo
Foi-se sem medo
Foi sem segredo
Que da minha vida se perdeu

Era tão nova, ela
Era tão linda, bela
Tão amada era aquela
Que deu abrigo ao corpo meu

Agora sei que a vida
Mesmo com cara de partida
Tem aroma de querida
Quando quem se ama desapareceu

Mas me resta o consolo
Pra esse novo poeta bobo
esse pobre poeta tolo
Que de verdade nunca foi meu

O ser desta mulher tão linda
E embora eu a sinta ainda
Sei que hoje se encontra finda
A vida da alma que se ascendeu

Hoje sou feliz e mais forte
Sempre tive alguém, tive sorte
E mesmo quando enfrentei a morte
Da minha mãe, isso me enriqueceu

Conto a todos que as cuidem com amor
E que saúdem sempre com louvor
As mães que lhes deu o Senhor
Pois que Ele nunca se esquece dos seus

E mesmo com saudade imensa
Com o sofrimento e a doença
Nunca se abalará minha crença
Nem a morte me separará de Deus!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Desequilíbrio vizinho

Cantando vem ele
- dizem as boas línguas
Lá vem o velho cheio de si
Cantando por cima dos ombros
Olhando por cima dos olhos
Andando por cima do chão
Voando acima do céu...

Ele vem, o professor rabugento.
Lança notas em todos.
A todos corrige
A todos aponta o caminho
E nem se preocupa em saber
Se eles querem seguir
Niguém lhe perguntou nada,
ouvi certa vez dizerem-no

O professor velho, e metido a besta
cheio de arrogância
que cantava sempre as mesmas canções
Embora nunca as repetisse
(Ele sabia muitas delas):
todas eram iguais.
Ele queria buscar um tempo que já não é mais
Não tem mais tempo
pra fazer o tempo voltar

...

Certo dia, o professor morreu
Na escola não se falava outra coisa
Morreu o velho chato
o velho caduco
O velho velhou-se na velharia da velhice

Enraigado em curiosidade, fui a sua casa
Lá encontrei Fábio, um passarinho que era verde
Agora era roxo.
Nos tempos comuns, Fábio cantava e ouvia o que cantava o velho
Hoje ele nem canta e nem ouve mais seu rei.
Naquele poleiro sujo como o de uma fênix que acabara de morrer
havia um pássaro que me contou o triste fim do velho

Ele morreu de desgosto
-Me disse
Ninguém entendia mais o que um professor deveria ser
Ninguém entendia como os amigos devem olhar por cima pra fazer o outro crescer
Ninguém aceitava ser classificado com notas, mas adoravam dar notas aos outros
Todos zombavam dele e ele só quis ajudar

A púrpura ave em luto me continuou:
Todos o viam passar pelas nuvens cantando
E acham que era louco
E esqueciam que quando você é você, tem um mundo só seu
Acho que todos os outros esqueceram que todos nós também somos cada um...

- Meu dono não sabia mais qual o motivo o fazia cantar
Eles não sabem que o desprezo mata mais do que muito veneno
Era tão bela a sua voz rouca e desafinada, ele cantava a vida
Hoje eu canto a morte, nessa minha quaresma infernal

Mas lembro bem de que havia uma frase que ele me deixou
ela dizia:
"O grande homem é aquele que vê no desequilíbrio vizinho, uma chance para os dois se equelibrarem no barbante sutil da vida."
Acho que ele soube viver
Acho que ele não soube morrer
E nem porque morreu para eles.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Celibato Sacerdotal, dedicado a Dona Selma Coimbra, com todo o carinho e respeito que lhe devoto. Salve Maria Santíssima!

O Celibato Sacerdotal
Gercione Lima
Este texto já é conhecido de alguns participantes de listas católicas. Temos muita satisfação de reproduzi-lo aqui, sendo a Sra Gercione já conhecida dos nossos leitores, pela crítica ao documento Dominus Iesus. Como sempre, a pesquisa da autora é profunda e suas colocações perfeitamente adequadas ao caso.
Se há uma coisa que incomoda o demônio e seus asseclas é a virtude da castidade. E mais ainda quando se trata da castidade escolhida como profissão numa vida consagrada a Deus, como é o caso do celibato sacerdotal.
Por isso vez por outra volta à baila a discussão sobre o celibato, aliás objeto de ataque dos hereges de todos os séculos, que, juntamente com a doutrina tradicional, rejeitam quase sempre a disciplina do celibato, tradicional também.
Os ultramodernistas querem a sua abolição definitiva, em nome da "liberdade" (leia-se libertinagem). Outros apenas desejam algumas concessões ou relaxamento. Os padres apóstatas entram na discussão. Fazem-se pesquisas para saber a opinião popular, opinião de um modo geral repleta de sensualidade e materialismo, sem a menor autoridade moral para tratar do assunto.
Vamos, portanto, explicar a verdadeira doutrina sobre o celibato, doutrina essa que não depende do que "acham", ou do que "dizem", ou do que "querem", mas que promana da Escritura e da Tradição multissecular da Igreja.
ANTIGO TESTAMENTO
Orígenes, comentando as diversas ordens de ornamentos sacerdotais judaicos (Êxodo. 39 e Lev. 8), nota que os sacerdotes da Antiga Lei só eram obrigados a guardar continência durante o tempo em que estavam de serviço no Templo.
São Sirício, Papa (ano 385) referindo-se a alguns padres que se casaram, baseando-se no proceder do sacerdote judeu que se casava, diz: "Diga-me agora, seja quem for que siga a libertinagem, porque avisava o Senhor aos que entregou a Arca da Aliança, dizendo: "Sede santos porque eu, o vosso Senhor e Deus, sou santo". Por que queria vê-los afastados de suas casas no ano de seu turno de sacrifícios, senão para que não exercessem comércio carnal com suas mulheres?... Nós somos obrigados à castidade desde o dia de nossa ordenação, para sermos agradáveis a Deus nos sacrifícios cotidianos..."
Ora, se Deus mandava, no sacerdócio figurativo, que era o do Antigo Testamento, que o sacerdote guardasse continência enquanto estivesse de serviço no Templo, o Sacerdote do real Sacerdócio de Cristo deve guardá-lo sempre, porque este está sempre, todos os dias, de serviço, exercendo o seu divino ministério no Templo do Senhor, e em verdadeira, real, direta e imediata comunicação com Ele.
NOVO TESTAMENTO
Mas, na verdade, quem instituiu o celibato foi mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo. Se a lei do celibato eclesiástico, que encontramos em todo o mundo cristão durante o Império Romano no século IV, não se explica de nenhum modo senão pelo exemplo dos Apóstolos, a continência perfeita dos Apóstolos não se explica, por sua vez, sem os exemplos, em primeiro lugar do Precursor, São João Batista, do qual alguns Apóstolos haviam sido discípulos, e principalmente sem o exemplo e as palavras do próprio Jesus, exortando os seus discípulos ao celibato e a tudo deixar, mesmo suas esposas, pelo amor do Reino dos Céus.
Com efeito, Jesus Cristo deu o grande conselho evangélico da castidade perfeita, proclamando a virgindade por amor do Reino do Céu como estado de perfeição. Mas Ele avisou: "Nem todos são capazes desta resolução, mas somente aqueles a quem isto foi dado". Que resolução? Ficar virgens "por amor do Reino dos Céus" (S. Mateus 19, 11-13)
São Paulo levou vida celibatária e recomendou-a, como Nosso Senhor: "Eu quero que sejais como eu mesmo... Digo também aos solteiros e às viúvas, que lhes é bom permanecerem assim, como também eu..."(I Cor. 7, 7-8). A virgindade acrescenta ele, é preferível ao matrimônio por ser o estado mais alto. O cristão está assim mais disposto para servir a Deus, para ser santo "no corpo e no espírito". "O que está sem mulher está cuidadoso das coisas que são do Senhor, de como há de agradar a Deus. Mas o que está com mulher está cuidadoso das coisas que são do mundo, de como há de dar gosto à sua mulher, e anda dividido"(I Cor. 7, 32-33).
É evidente que isso não é para todos, mas, como disse Nosso Senhor, para aqueles a quem foi dado compreender.
NA TRADIÇÃO
Assim alicerçado e exaltado nas Sagradas Escrituras, o celibato voluntário começou a ser fielmente praticado por toda a parte na medida em que o Cristianismo ia se difundindo, conforme o testemunho dos Santos Padres e Escritores Eclesiásticos dos primeiros séculos.
Embora ainda não houvesse leis canônicas escritas, segundo tudo o que já foi visto, é dedução lógica concluir que os Apóstolos estabeleceram que não se recrutassem membros do clero superior (sacerdócio) senão dentre "os que puderem compreender" (qui potuerunt capere).
Dado que se trata de uma obrigação de tal modo contrária às paixões humanas, não era mister que essa disciplina, essa lei não escrita, proviesse dos próprios Apóstolos? Quem teria autoridade suficiente para impô-la? Mesmo a simples vontade de impô-la teria fracassado.
Na verdade, quem seria levado a acreditar que, se os próprios Apóstolos tivessem dado o exemplo do casamento e o tivessem aconselhado aos primeiros bispos, presbíteros e diáconos da Igreja, se haveria ao menos cogitado no celibato ou na perfeita continência como uma exigência, como uma obrigação, como uma lei reconhecida por todos, no século IV?
Assim, o Concílio de Cartago, no ano 390, a propósito do celibato ou continência perfeita dos bispos, sacerdotes e diáconos e de "todos os que servem os Santos Mistérios" diz, pela boca de Genésio, Bispo de Cartago, presidente do Concílio: "Ut quod apostoli docuerunt et ipsa observavit antiquitas, nos quoque custodiamus – a fim de que nós também guardemos o que os Apóstolos ensinaram e o que a própria antiguidade observou" (Mansi T. 3, col. 692).
E, antes ainda, o primeiro Concílio cujos cânones nos foram conservados, o Concílio de Elvira, entre 300 e 305, nos revela a lei do celibato existente para os bispos, sacerdotes e os diáconos. Diz assim o cânon 33 do Concílio de Elvira: "Determinou-se unanimemente estabelecer a proibição de que os bispos, os sacerdotes e os diáconos, isto é, todos os clérigos constituídos no ministério, se abstenham de esposas, e não gerem filhos: e, aquele, quem for que seja, que o tenha feito seja declarado decaído da honra da clericatura" (Mansi, T. 3, col 11).
Os cânones deste concílio são de extrema severidade. Diz, por exemplo o cânon 19: "Os bispos, sacerdotes e diáconos constituídos no ministério, se for descoberto serem adúlteros, tanto por causa do escândalo como do crime de profanação, não devem ser recebidos na comunhão (perdoados da excomunhão), mesmo no fim de sua vida".
O primeiro Papa do qual algumas cartas decretais nos foram conservadas, São Sirício (384-399), nos revela igualmente essa lei existente, não escrita, do celibato. Falando a respeito do celibato assim se exprime: "Não que sejam novos os preceitos impostos, mas desejamos que sejam observados os que foram desleixados em razão da covardia e do abandono de alguns preceitos que, entretanto, foram estabelecidos pela ordenação dos Apóstolos e dos Padres". (P. L.- T. 13, col.1155).
O Concílio Ecumênico de Nicéia (325), no seu cânon 3, reza: "O Santo Sínodo declara que não permite de maneira alguma nem ao bispo, nem aos sacerdote, nem ao diácono, nem absolutamente a qualquer membro do clero ter em sua casa uma mulher que lhe seja estranha, mas somente a mãe, ou uma irmã, ou uma tia. Porque em relação a essas pessoas e outras semelhantes não há nenhuma suspeita. Aquele que age diferentemente arrisca perder sua clericatura." São Jerônimo resume tudo o que foi dito, escrevendo "ad Pammachium", no ano 392: "Cristo é virgem, virgem é Maria; mostraram a cada um dos sexos a preeminência da virgindade. Os Apóstolos são ou virgens, ou após o casamento, continentes. Escolhem-se para bispos, sacerdotes e diáconos, quer virgens, quer viúvos, ou pessoas que em todo caso, depois do sacerdócio, observam para sempre a continência".
E Santo Agostinho comentando o Concílio de Elvira, arremata: "O que a Igreja Universal mantém e não foi instituído por Concílios, mas o que sempre se observou, crê-se ter sido transmitido, sem nenhum perigo de erro, pela autoridade apostólica."
Fica, portanto, destruída a falsa tese, constantemente repetida, de que a Igreja teria inventado o celibato eclesiástico no século IV, no Concílio de Elvira. De modo algum! Ele teve origem nos Apóstolos que o receberam de Nosso Senhor Jesus Cristo.
TRADIÇÃO PERENE, APESAR DAS FRAQUEZAS, DECADÊNCIA E PROTESTOS
No século VIII e principalmente nos séculos X e XI, houve uma grande decadência do clero com relação ao celibato. Escândalos e concubinato por toda a parte, e boa parte disso favorecido pelo caso das investiduras, já que o poder secular tinha em suas mãos quase todas as nomeações de bispos e curas. Os benefícios eram oferecidos a quem mais oferecesse. A reação veio com São Gregório VII, que foi Papa entre 1073 e 1085. Ele fez tudo para restabelecer a disciplina do celibato eclesiástico. Tratou como nulos os casamentos dos clérigos maiores e os tratou com rigor. O Papa Calixto II, no Concílio de Latrão, 1123, declarou como oficialmente nulos tais casamentos.
O Concílio de Trento reforçou a nulidade destes casamentos e criou os seminários, escolas de meninos para serem uma perpétua "sementeira"(seminário) de ministros para o serviço de Deus. O Código de Direito Canônico de 1917 estabelece: "Os clérigos constituídos nas ordens maiores não podem se casar validamente (c. 1972)". "Os clérigos constituídos nas ordens maiores não podem casar-se e são obrigados a guardar a castidade a tal ponto que aqueles que pequem em relação a isso são também culpados de sacrilégio". "Os clérigos menores podem casar-se, mas decaem de pleno direito do estado clerical".
OBJEÇÕES E RESPOSTAS
1. Não diz São Paulo que os Bispos e Diáconos devem ser casados: homens de uma só esposa (I Tim. 3,2 e 12; Tit. 1,6)?
R. As aludidas palavras de São Paulo não querem dizer que os bispos e diáconos "devam" ser casados, pois ele é o primeiro que não o era; querem sim, dizer que não devem ser sagrados bispos nem ordenados diáconos que tiverem casado duas vezes. "Homens de uma só esposa": São Paulo repete três vezes esta mesma expressão estereotipada. Ele a usa "mutatis mutandis", quando fala das viúvas escolhidas para o serviço das Igrejas: "mulher de um só marido"(I Tim.5,9)! Trata-se evidentemente de viúvos que não foram casados senão uma só vez, "que tenham sido homens de uma só mulher", e agora continentes. O que reforça essa explicação é que São Paulo fala cada vez mais dos filhos deles e nunca de suas mulheres, como não fala das mulheres de Tito e de Timóteo, seus discípulos, que eram bispos.
Além do mais, na Epístola a Tito, 1, 8, São Paulo exige que o bispo seja "continens" (em grego, "encratés"), usando o mesmo vocábulo que emprega quando fala dos celibatários e das viúvas em I Coríntios 7,9.
Trata-se portanto de um viúvo de uma só mulher, vivendo, após a ordenação, em continência perfeita. Se na I Coríntios, cap. 7, São Paulo queria que todos os cristãos fossem continentes como ele próprio, a exigência da continência perfeita para os chefes da Cristandade, bispos, sacerdotes e diáconos, vem a ser algo perfeitamente normal.
2. Mas São Pedro não era casado? (Mat. 8,14)
R. O Evangelho não o diz. Diz só que ele tinha sogra, portanto que poderia estar casado.
São Jerônimo, em seu Tratado contra Joviniano (c. 8,26), julga, pelo contexto de São Mateus (8,15) que a mulher de São Pedro já era falecida quando Jesus lhe curou a sogra; do contrário o Evangelho teria feito menção a ela. No entanto, ele diz apenas que foi a sogra que serviu Jesus e os Apóstolos à mesa.
Além disso, foi São Pedro quem disse a Jesus: "Eis que abandonamos tudo e vos seguimos..."Ao que Jesus respondeu: "Todo aquele que deixar a casa... ou a mulher... ou os campos por causa de meu nome, receberá o cêntuplo e possuirá a vida eterna"(Mateus 19, 27-29).
Quanto aos outros Apóstolos, além de a eles se aplicarem estas palavras acima, Nosso Senhor lhes deu a todos o conselho evangélico da continência perfeita (Mat. 19,12) e o Evangelho jamais menciona "suas mulheres".
3. Considerando a fraqueza humana, o celibato não seria impossível?
R. O Concílio de Trento responde que Deus não recusa este dom da castidade àqueles que o pedirem, como também não permite que sejamos tentados acima de nossas forças.
Além do mais, a celebração cotidiana do Sacrifício da Santa Missa e a recitação diária do Ofício Divino, a freqüente meditação das verdades eternas, as consolações do apostolado, o contínuo contacto com os enfermos e moribundos... tudo isso auxilia amplamente o sacerdote na fidelidade aos seus votos. Cabe ainda ressaltar que ele não foi escolhido de súbito para o Sagrado Ministério. Só depois de longos anos de seminário, observado pelos superiores, só depois de superada a idade das paixões, ele sentiu-se maduro, com forças e vontade para as dominar no futuro como já as dominara até o presente. Quem não sabe o que quer e o que suporta aos 24 anos, não o saberá nunca e aquele que põe a mão no arado e olha pra trás não é apto para o Reino de Deus. (Lucas 9,62)
RAZÃO DO CELIBATO
Vejamos o que nos diz o Papa Pio XII em sua Encíclica "Menti Nostrae": "É precisamente porque ele deve ser livre de todas as preocupações profanas e consagrar-se totalmente ao serviço de Deus, que a Igreja estabeleceu a lei do celibato, a fim de que seja sempre mais manifesto a todos que o Sacerdote é ministro de Deus e pai das almas".
"Por esta obrigação do celibato, muito longe de perder inteiramente o privilégio da paternidade, o sacerdote o aumenta ao infinito, porque, embora não suscite posteridade nesta vida terrestre e passageira, engendra uma outra para a vida celeste e eterna".
Outrossim, neste fim de século XX, neste mundo degradado e imoral, no qual a sensualidade e a devassidão dominam tudo, é mais do que oportuno mostrar o heroísmo do celibato eclesiástico em toda a sua pureza, para servir de barreira e como exemplo, ao invés de tentar atenuá-lo e ofuscar-lhe o brilho.

SENTIDO REAL DO CELIBATO SACERDOTAL
(Segundo Pe. Gregoire Celier, publicado na FIDELITER, março 1985)

"Sacerdos alter Christus"(O sacerdote é um outro Cristo). Tal é o princípio fundamental que esclarece e explica o Sacerdócio Católico. O Sacerdócio de Cristo é único e definitivo, e o sacerdócio dos homens, o sacerdócio ministerial (etimologicamente, sacerdócio dos servidores) é uma participação real no sacerdócio soberano. Portanto, o próprio Cristo é o modelo, ao qual todo padre deve se conformar intimamente, para que seu sacerdócio participado detenha toda a sua verdade.
Ora, é digno de nota que Jesus Cristo, num mundo em que o celibato era quase desconhecido, senão maldito, durante toda a sua vida permaneceu no estado de virgindade.
Esta virgindade significa nEle a consagração total e sem reservas a seu Pai: todas as suas energias, todos os seus pensamentos, todas as suas ações pertenciam a Deus. É por esta consagração total, (que em Jesus chegou até à união hipostática, em que a natureza humana não se pertence mais a si mesma, mas pertence diretamente à pessoa do Verbo,) que Cristo foi constituído Mediador entre o Céu e a Terra, entre Deus e os homens, ou seja: sacerdote. Assim a virgindade significa e realiza a consagração, essência deste sacerdócio de Cristo: em outras palavras, a virgindade de Jesus decorre do seu Sacerdócio e lhe está intimamente ligada. O padre (homem), participante do sacerdócio de Cristo, participa portanto igualmente da sua consagração total a Deus e, em conseqüência, da sua virgindade. O celibato consagrado do padre é, portanto, uma união íntima e cheia de amor com a virgindade de Jesus, sinal de sua total consagração ao Pai. Tal é a primeira e mais fundamental razão do celibato dos padres.
Se Jesus permaneceu virgem como expressão de sua consagração ao Pai, Ele o fez igualmente enquanto se ofereceu sobre a cruz por sua Igreja, a fim de torná-la uma Esposa gloriosa, santa e imaculada (Ef.5,25-27). A virgindade consagrada do sacerdote humano manifesta, pois, e prolonga da mesma maneira o amor virginal de Cristo pela Igreja e a fecundidade sobrenatural deste amor.
Esta disponibilidade de amar a Igreja e as almas se manifesta pela vida de oração do padre, pela celebração dos sacramentos e particularmente do Santo Sacrifício da Missa, pela caridade para com todos, pela pregação contínua do Evangelho, uma imagem da vida de Jesus. Cada dia, o padre, unido a Cristo Redentor, gera as almas para a fé e para a graça, e torna presente no meio dos homens o amor de Cristo por sua Igreja, significado pela virgindade. Se examinarmos não só a missão de Cristo na terra, mas a plena realização desta missão no Céu, descobriremos uma terceira causa de Sua virgindade e, conseqüentemente da do padre. De fato, a Igreja da terra é o germe da Igreja do Céu e ao mesmo tempo o sinal desta vida bem-aventurada. O que será a beatitude celeste é já visível, mas velado e como que em enigma, na vida terrestre da Igreja. Ora, como disse Nosso Senhor, "na ressurreição, não se tomará nem mulher e nem marido, mas todos serão como anjos de Deus"(Mat. 22,30). A virgindade será, portanto, o estado definitivo da humanidade bem-aventurada. Convém que, desde esta terra, o sinal dessa virgindade brilhe no meio das tribulações e das solicitações da carne. O celibato consagrado do sacerdote é, assim, a imagem daquele de Cristo, uma antecipação da glória celeste, uma prefiguração da vida dos eleitos e um convite aos fiéis para caminharem para a vida eterna sem se deixarem sobrecarregar pelo peso do dia.

CONCLUSÃO

"A Igreja é casta, ela produz a castidade, e não há bons costumes sem a castidade. É a castidade que faz as famílias, as raças reais, o gênio dos povos fortes e duradouros. Onde não existe essa virtude, não há senão lama num túmulo. Se há aqui homens que não sejam meus irmãos na fé, eu queria apenas apelar para suas consciências e lhes perguntaria: Vós sois castos? Como teríeis a Fé se não sois castos? A castidade é a irmã mais velha da verdade; sede castos um ano e eu respondo por vós diante de Deus. É porque possuímos esta virtude que somos fortes. E bem sabem o que fazem aqueles que atacam o celibato eclesiástico, esta auréola do sacerdócio cristão. As seitas heréticas aboliram-no entre elas; esse é o termômetro da heresia: a cada degrau do erro corresponde um degrau, senão de desprezo, ao menos de diminuição desta virtude celeste".
(P. Lacordaire. conf. de Notre Dame, T. 1, conf. 2)

UM PRONUNCIAMENTO DEFINITIVO DO PAPA BENTO XV

"Jamais esta Sé Apostólica atenuará ou limitará esta lei santíssima e muito salutar do celibato eclesiástico e muito menos a abolirá". (A.A S. t. XII 1920, p.585)

quinta-feira, 26 de março de 2009

Espelho

-É por isso que ninguém gosta de você!
Você sempre acha que sabe mais do que os outros
-Ele me diz.
Ele diz e o faz sobre si mesmo
E, para si, são suas palavras

-Se o teu cantar fosse veloz
Fosse voraz o seu teu sentir
Fosse maior o teu saber,
Quem sabe então, eu mesmo
poderia te ouvir
Volta ao centro de suas dores!
O que te faz pensar assim?
Quem é que te faz saber?
Quem sabe que você sabe?
Sabe que ninguém sabe?
Saiba: Ninguém sabe -

-Cala a boca!
Você não sabe de mim
Pensa que sabe.
-Ele diz pra mim.
Tonto, bêbado, inerte
Preso em si, preso em mim
Eu bebo... Bêbado,
Apago a luz e não vejo nada.
Quebro teu vidro e teu aço.
Não te vejo mais.
Não o vejo mais...
Não me vejo mais...
Não vejo mais

quarta-feira, 18 de março de 2009

Fita Verde no Cabelo ( ROSA, Guimarães)

Havia uma aldeia em algum lugar, nem maior nem menor, com velhos e velhas que velhavam, homens e mulheres que esperavam, e meninos e meninas que nasciam e cresciam. Todos com juízo, suficientemente, menos uma meninazinha, a que por enquanto. Aquela, um dia, saiu de lá, com uma fita inventada no cabelo.
Sua mãe mandara-a, com um cesto e um pote, à avó, que a amava, a uma outra e quase igualzinha aldeia. Fita - Verde partiu, sobre logo, ela a linda, tudo era uma vez. O pote continha um doce em calda, e o cesto estava vazio, que para buscar fambroesas.
Daí, que, indo no atravessar o bosque, viu só os lenhadores, que por lá lenhavam; mas o lobo nenhum, desconhecido, nem peludo. Pois os lenhadores tinham exterminado o lobo. Então ela, mesma, era quem dizia: "Vou à vovó, com cesto e pote, e a fita verde no cabelo, o tanto que a mamãe me mandou". A aldeia e a casa esperando-a acolá, depois daquele moinho, que a gente pensa que vê, e das horas, que a gente não vê que não são.
E ela mesma resolveu escolher tomar este caminho de cá, louco e longo e não o outro, encurtoso. Saiu, atrás de suas asas ligeiras, sua sombra também vindo-lhe correndo, em pós. Divertia-se com ver as avelãs do chão não voarem, com inalcançar essas borboletas nunca em buquê nem em botão, e com ignorar se cada uma em seu lugar as plebeinhas flores, princesinhas e incomuns, quando a gente tanto passa por elas passa. Vinha sobejadamente.
Demorou, para dar com a avó em casa, que assim lhe respondeu, quando ela, toque, toque, bateu:
- "Quem é?"
- "Sou eu..." - e Fita Verde descansou a voz. - "Sou sua linda netinha, com cesto e com pote, com a Fita Verde no cabelo, que a mamãe me mandou."
Vai, a avó difícil, disse: - "Puxa o ferrolho de pau da porta, entra e abre. Deus a abençoe."
Fita Verde assim fez, e entrou e olhou.
A avó estava na cama, rebuçada e só. Devia, para falar apagado e fraco e rouco, assim, de ter apanhado um ruim defluxo. Dizendo: - "Depõe o pote e o cesto na arca, e vem para perto de mim, enquanto é tempo."
Mas agora Fita Vede se espantava, além de entristecer-se de ver que perdera em caminho sua grande fita verde no cabelo atada; e estava suada, com enorme fome de almoço. Ela perguntou:
- "Vovozinha, que braços tão magros, os seus, e que mãos tão trementes!"
- "É porque não vou poder nunca mais te abraçar, minha neta...." - a avó murmurou.
- "Vovozinha, mas que lábios, aí, tão arroxeados".
- "É porque não vou nunca mais poder te beijar, minha neta..." - a avó suspirou.
- "Vovozinha, e que olhos tão fundos e parados, nesse rosto encovado, pálido?"
- "É porque já não estou te vendo, nunca mais, minha netinha...." - a avó ainda gemeu.
Fita Verde mais se assustou, como se fosse ter juízo pela primeira vez.
Gritou: - "Vovozinha, eu tenho medo do Lobo!..."
Mas a avó não estava mais lá, sendo que demasiado ausente, a não ser pelo frio, triste e tão repentino corpo.

sexta-feira, 6 de março de 2009

As Três Metamorfoses do Espírito ( Para o grande amigo Jonathan ler)

Universidade Federal do Rio de Janeiro

CLA – Faculdade de Letras – Departamento de Ciências da Literatura

Teoria Literária – Professora Maria Lucia Guimaraens

Turma LEI

As três Metamorfoses do Espírito

Usando um cérebro superhumano, Nietzsche desenvolve a apresentação das três metamorfoses do espírito, que classifica como o Camelo, o Leão e a Criança. Elas ocorrem quando o homem, cansado da comodidade e da monotonia de sua existência (camelo), resolve libertar-se e entra então num período de rompimentos, de desapegos e entra numa luta contra si mesmo (leão) para, então, recriar a vida. Chegando assim, ao ponto onde tudo que é velho pode tornar-se novo (criança).

Em Assim falou Zaratustra, Nietzsche coloca a sua submersão no universo das inquietações de todos os seres e expõe a necessidade da transformação. Visto que o espírito traz em si todo peso da sua existência e não se permite questionar, e sem o questionamento dos verdadeiros motivos de sua existência, é impossível evoluir, criar, crescer, acontecer. Repleto de vontades o espírito fica estagnado e sem forças para lutar contra os dogmas que a sociedade em que vive lhe impõe. Nesse ponto, o espírito se vê forçado a provocar uma mudança, sobrecarregado pelo peso de sua existência, que vaga como um camelo carregando seu fardo de viver sem existir, de existir sem viver. A voz que grita em sua consciência não pára de exclamar: Tu deves!

Quando provoca uma cisão com tudo que o prende ao seu peso mórbido de existência, o espírito se torna forte, decidido, com vontade própria. Ele deixa de ser um camelo no deserto e passa a ser o Leão que ruge. Aquele que rasga com seu passado e está na busca do novo. Aquele que quer ter voz, que quer ser alguém. Dono de suas próprias decisões. Participar ativamente da vida. Viver, existindo. Existir, vivendo. Nesse momento, a voz a que ouve, diz: Eu quero!

Depois de romper com sua corcova e assumir as rédeas do cavalo de sua existência, o espírito parte numa busca incansável por seu objetivo: tornar-se algo bastante simples e sutil, algo que possa estar sujeito novamente ao processo da criação. Quer tornar-se um ser melhor, a criança. Precisa da inocência da criança para voltar ao ponto de partida e criar de novo. Um círculo infinito de criação. Nesse ponto a voz lhe sussurra: Eu sou!


Análise do Conto Fita Verde no Cabelo de Guimaraens Rosa



O objetivo deste texto é apresentar a relação entre a obra belíssima de Guimaraens Rosa com o ponto da Disciplina Teoria Literária I, ministrada pela Professora Doutora Maria Lúcia Guimaraens, no qual ela trata das Três Metamorfoses do Espírito da Obra de Nietzsche, Assim falou Zaratustra.

Pontuarei os momentos do texto que Rosa faz menção as transformações a que o espírito humano é submetido.

Comecemos pelo Camelo...

O texto começa com a colocação de que existia uma vila em algum lugar, que era inexata. Não havia importância nem no tamanho nem na localização desta. Quando diz que os velhos velhavam, os adultos esperavam e as crianças nasciam e cresciam, apresenta-se o camelo. Que existe e carrega nos ombros o fardo pesado de sua existência. Na vila, todos tinham juízo, todos tinham se acostumado com o seu estado, exceto uma menininha. Aqui começa a apresentar-se o Leão.

Todos na vila seguiam um mesmo modelo de vida. Essa menina resolve, simplesmente, não ter juízo. Acontece que quando sua mãe lhe envia para a casa de sua avó, ela leva consigo pedaços do camelo em seu agir: Leva um pote de doces, um cesto, ainda vazio, para buscar framboesas no caminho; aparentemente vai seguir o mesmo caminho de todos. Aparentemente...

Dentro de si, Fita verde pensa: “Vou seguir o caminho que mamãe ordenou.” A voz de sua consciência grita o Tu deves!

No caminho pelo bosque, o caminho que os lenhadores já haviam preparado, matando o lobo, deixando tudo calmo e comum, sem lobo e sem perigo, um “deserto” perfeito para o camelo atravessar, fita verde decide como o Leão romper com sua corcova. Toma um caminho diferente, um caminho mais longo, mais trabalhoso. Mas agora ela tem vontade.

Rosa diz que as borboletas que divertem a menina não estão nunca em buquê e nem em botão. Aquilo que é natural está sempre no processo de criar, de nascer. Não se prende ao nascido, mas ao fato de nascer, de acontecer, de realizar. O processo da vida acontecendo naturalmente.

Fita verde se encanta neste caminho. Vive sua vida, largando para trás até sua sombra. Não quer o resto do que a prendia a gozar do mesmo juízo de seus conterrâneos. Agora a voz de sua consciência lhe conforta: Eu quero.

Ao chegar à casa de sua avó, a menina bate à porta. Identifica-se. Embora soubesse que era diferente, que havia conhecido o caminho do outro lado, precisava revelar-se da forma que os outros a conheciam: a menina com cesto, pote e fita verde no cabelo, do jeito que a mãe lhe enviara.

No diálogo com a vovó, que a mandara entrar, a menina se espanta em ver suas condições. A avó lhe diz para entrar correndo, enquanto ainda houvesse tempo. Ela sabia que estava acontecendo algo de ruim. Fita verde ao entender a gravidade da situação, percebe-se sem a fita verde no cabelo. Percebe que realmente mudou. Que não tem mais sua característica de comum. Fita verde finalmente está pronta para crescer, para mudar, para evoluir, para criar algo novo. Sua voz diz: Eu sou! Ela aprende com a morte da avó, que a vida é efêmera, que precisa existir e está apta a ser algo que nunca fora. A Criança é a matéria prima para o tudo. A criança tem a inocência necessária para a criação. No vazio encontra-se toda a matéria prima necessária para o novo ser acontecer.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dicas prum namoro de verão

Não quero, com tudo o que vou escrever, estabelecer regras ou normas como se fosse um gramático tradicionalista ou um professor de matemática cruel. Não quero e nem posso, por que o assunto de que vou tratar é muito mais complexo do que os tipos de gramática ou cálculo: o namoro.
Ele começa num estágio da vida em que o homem, seja ele menino ou menina, se encontra completamente bombardeado de hormônios destruidores de pele e cabelo. Começa com um frio na espinha, uma dorzinha na barriga. Um ficar sem graça na frente da Paulinha, menina que cresceu com você, mas que hoje está uma maravilhosa mulher que tem apenas quinze anos.
Ai desaba tudo: Sua-se frio; o coração acelera; as espinhas pioram. Tudo o que acontece em nosso redor é diretamente ligado a nossa deteriorização. Nos achamos feios, feias, gordos, magros demais.
Pois bem, depois de toda essa tribulação vem a fase do namoro em si. E quero também deixar claro que sou a favor imutavelmente da castidade. Deus nos fez assim e assim devemos continuar. O namoro é complicado. No começo, cada descoberta é maravilhosa. Saber que ela gosta da mesma música que você. Ela adora comer morango com leite condensado. Você também. A mãe dele te adora. O pai dela te chama pra pescar. Tudo vai bem.
O problema começa quando a gente se esquece que neste pacote de novidades vem uma boa dose de defeitos que são os piores que possamos suportar.

Ele arrota alto. Ela demora no banho. Ele chega atrasado. Ela tem medo de qualquer coisa viva que se aproxime e que não seja humano. E agora? O que fazer?
Bem, quero dizer em primeira mão que nunca será fácil. Nunca, nunquinha.
E o objeto desse texto é tentar ajudar as pessoas a entenderem como funciona esse treco estranho que chamamos de namoro e, assim, poderem se suportar mutuamente com maior facilidade. Isso mesmo: suportar. O namoro é uma preparação pro casamento, aquele laço que nos une e que nem o metahomem ou superhomem pode separar. E aqueles que não concordam com isso, podem parar de ler agora. Nada contra vocês, mas acho que não vão concordar muito com isso.
Aos rapazes e moças que querem viver um namoro difícil mas feliz, digo o seguinte:

Artigo primeiro:
O perdão é condição necessária e suprema para a manutenção desta relação.

Meninos, deixem que elas espremam alguns cravos, suportem essa dor algumas vezes ao dia. Elas vão adorar.
Meninas, não abusem desse direito.
Companheiros de dor, sempre, elogiem a roupa. O cabelo, ah o cabelo. Fique sempre atento e veja se ele não diminuiu, ou está mais liso. E se tiver na dúvida, não faz mal perguntar, ‘amor, você fez alguma coisa no cabelo?’. Se a resposta for não, diga apenas que está lindo e que foi impressão.
Meninas, façam um esforço em entender quando ficam chateados por seu time ter perdido. Procurem saber sobre o jogo e diga alguma coisa a favor do tipo, o juiz roubou. Sempre ajuda.
Perdoem quando eles chegarem atrasados. Muitas vezes muitas coisas acontecem que nos atrasam. Tenho certeza de que se ele for bem recebido, vai retribuir isso com muito carinho e atenção.
Fique com ela na loja de roupa o tempo que ela demorar sem reclamar. E diga que ela está linda em todas as roupas. Até mesmo nas que ela não gostar.
E assim que acabar de escolher e comprar vá para onde ele quiser ir, na velocidade em que ele quiser ir.
Para os dois agora...

Escutem-se. Sempre. Mesmo que seja chato. Quando você tem certeza de que tem razão e ninguém te ouve, você acaba ficando chato. Ninguém está livre disso.
Entendam que ninguém tem culpa se seu time perdeu ou se você está menstruada. Trate a todos com respeito. E saibam que um pouco de silêncio acalma e prepara para uma conversa mais tranqüila. Esperem o tempo do outro.
Nunca mande o outro ir embora, pode ser para sempre. Nunca xingue. Principalmente o seu namorado ou namorada.
Deixe-o(a) estudar.
Deixo-o(a) respirar.
Fique sempre por perto.
Respeite.
Defenda. Nunca o faça passar vergonha na frente dos outros.
Converse, com mansidão. Não levante a voz.
Se o outro fizer, cale-se.

Claro que não sou Deus, mas pela experiência que tive, e baseando-se na vida de Jesus Cristo, acho que isso é o que ele faria em nosso lugar.
Sei que isso só vai servir para quem quiser ter um namoro melhor.
Só mais uma dica, pense bem se vale a pena deixar a raiva dominar e te fazer esquecer de todo o amor que os uniu um dia. Eu tenho certeza de que quando se lembrar do amor, você vai querer pedir perdão mesmo tendo razão. Isso é fundamental!