quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Consolo...

Numa noite calma,
Daquelas em que a alma
Se esquece dos traumas
Que em outras primaveras sofreu

Foi-se tão cedo
Foi-se sem medo
Foi sem segredo
Que da minha vida se perdeu

Era tão nova, ela
Era tão linda, bela
Tão amada era aquela
Que deu abrigo ao corpo meu

Agora sei que a vida
Mesmo com cara de partida
Tem aroma de querida
Quando quem se ama desapareceu

Mas me resta o consolo
Pra esse novo poeta bobo
esse pobre poeta tolo
Que de verdade nunca foi meu

O ser desta mulher tão linda
E embora eu a sinta ainda
Sei que hoje se encontra finda
A vida da alma que se ascendeu

Hoje sou feliz e mais forte
Sempre tive alguém, tive sorte
E mesmo quando enfrentei a morte
Da minha mãe, isso me enriqueceu

Conto a todos que as cuidem com amor
E que saúdem sempre com louvor
As mães que lhes deu o Senhor
Pois que Ele nunca se esquece dos seus

E mesmo com saudade imensa
Com o sofrimento e a doença
Nunca se abalará minha crença
Nem a morte me separará de Deus!